Nos dias 19 e 26 de outubro, o divertisssement “Os Prazeres de Versalhes” foi apresentado no Teatro Maison de France , propondo um resgate ao gênero teatral que era apresentado para a nobreza do século XVI, com toda pompa e circunstância. A produção, da Opera Atelier Artists e da Violeta Lírica, tem direção musical de Vitor Philomeno e cênica de Lígia Tourinho.
Dentro de mais de 600 obras desse mesmo perfil, “Os prazeres de Versalhes” é um dos poucos textos que sobreviveu para remontagens futuras, principalmente por sua escrita leve, divertida e atemporal. Trata da rivalidade entre a Conversação e a Música, personagens vividos respectivamente pelos sopranos Marina Cyrino e Marília Zangrandi, que disputam pelo protagonismo no Palácio de Versalhes com muito humor. Quem media essa batalha é Comus, filho do Deus Baco, interpretado pelo barítono Flávio Lauria.
A direção do espetáculo optou por uma linguagem conduzida por ações, gestos e manipulações de objetos, que difere das montagens mais tradicionais de ópera.
O site Movimento.com aplaudiu a atuação de Marina Cyrino e dos outros protagonistas: “As protagonistas Marília Zangrandi e Marina Cyrino têm ambas belas vozes, de timbre agradável e ótima técnica, e ainda são cenicamente desenvoltas (com destaque para a entrega de Marina à proposta de sua personagem). O barítono Flávio Lauria também responde à altura das demandas da partitura. A cena Venez, dieu des festins, é divertida.” Cobertura adicional pela mídia cultural nesta postagem.
Ficha técnica
Vitor Philomeno: Direção musical e regência
Lígia Tourinho, direção cênica
Marília Zangrandi (soprano), a Música
Marina Cyrino (soprano), a Conversação
Flávio Lauria (barítono), Comus
Felipe Moreira (tenor), o Jogo
Fernanda Conde (soprano), um dos Prazeres e coro
Julia Requião, coro
Fotos: Rafael Baleroni